sábado, 14 de agosto de 2010

As Chuvas

Era uma noite normal, a lua nova conduzia mais um luar sem luz. Mas a noite ainda estava iluminada pelas estrelas, as quais me fizeram lembrar o brilho que eu via em seus olhos quando estávamos prestes a cometer loucuras. Parece que a adrenalina era nosso combustível. Derrepente uma estrela cadente caminhando pelo céu chamou minha atenção. Aqueles poucos segundos me pareceram infinitos, como o nosso ultimo beijo...


Quando me vi, lá estava eu pensando em você de novo, tentando sem êxito entender mais uma vez as coisas que aconteceram. Eu sei que alguns anos se passaram, mas o meu vicio de você parece que não quer passar. Até que outra estrela cadente passou pelo meu olhar vidrado no céu. Dessa vez fiz um pedido (mesmo sem acreditar). Pedi que você não voltasse e que esse meu vicio de querer você cessasse. Era quase inevitável não lembrar de você naquela noite.

Então o telefone tocou. Era uma amiga perguntando se eu estava olhando para o céu, pois estava tendo uma “chuva de meteoros”. Pensei logo que era essa noite que poderia pedir tudo para as estrelas cadentes que ainda iriam passar pelo meu céu. Realmente fiz mais uns dois pedidos. Até que o meu céu se fechou. A “chuva de meteoros” foi substituída por uma chuva (de água mesmo).

Acho que só assim ninguém perceberia que naquela noite houve também uma chuva de lágrimas que saiam dos meus olhos. E eu chovi na chuva!

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